sexta-feira, maio 29
ana
quando penso na ana lembro-me da cena final de "little women": vou embora de sua casa desencontrado dela.
segunda-feira, maio 25
mariana blues
é o título da publicação. um título antigo para tanta coisa que aconteceu. espero que faça outros sentidos hoje.
acho que foi a mariana que me despertou para os detalhes do feminino. comecei a amar mais as mulheres. deixei como epigrafe do livro um conto do galeano que a própria mariana me enviou. replico aqui:
A Noite / 1
Não consigo dormir.
Tenho uma mulher atravessada entre minhas pálpebras.
Se pudesse, diria a ela que fosse embora;
mas tenho uma mulher atravessada na garganta.
Eduardo Galeano in: O livro dos abraços
acho que foi a mariana que me despertou para os detalhes do feminino. comecei a amar mais as mulheres. deixei como epigrafe do livro um conto do galeano que a própria mariana me enviou. replico aqui:
A Noite / 1
Não consigo dormir.
Tenho uma mulher atravessada entre minhas pálpebras.
Se pudesse, diria a ela que fosse embora;
mas tenho uma mulher atravessada na garganta.
Eduardo Galeano in: O livro dos abraços
sexta-feira, maio 8
caros leitores,
pretendo mandar para impressão uma pequena brochura com alguns textos selecionados deste blog. gostaria de enviar um exemplar aos leitores que resistem e continuam visitando este humilde espaço de histórias. continuo escrevendo muito por causa de vocês do que propriamente por um projeto meu. quem quiser receber, por favor envie o endereço para o meu email:
marcioyonamine@gmail.com
será uma pequena tiragem que distribuirei entre os amigos por ocasião de aniversário. será também uma pequena despedida já que encerrarei as atividades deste blog já tão abandonado.
márcio
p.s. se puderem sugerir textos, agradeço. ;)
marcioyonamine@gmail.com
será uma pequena tiragem que distribuirei entre os amigos por ocasião de aniversário. será também uma pequena despedida já que encerrarei as atividades deste blog já tão abandonado.
márcio
p.s. se puderem sugerir textos, agradeço. ;)
quarta-feira, maio 6
. memória fotográfica .
em noites calmas, recolho-me ao laboratório para ampliar fotografias que esqueço durante o dia.
é comum a feitura de alguns testes com pedaços de papel por economia já que a prata em gelatina sobre papel deixou de ser coisa fácil de se conseguir.
ao invés de jogar estes testes foras, eu os guardo por alguma razão desconhecida aproveito-os então como marcadores de página.
e eles permanecem nos livros, mesmo quando termino a leitura, como se estabelecessem morada.
minha memória fragmentada e imperfeita nos livros que li.
às vezes, retomo algumas páginas para pesquisa e me surpreendo com o agora marca página. e fico pensando no todo do qual já fez parte e no todo do qual agora faz.
e agora, quando vou ao laboratório, recolho-me também às lembranças que ainda não me vieram mas que serão reveladas talvez em pedaços.
e talvez em pedaços, como grãos de prata, eu encontre os dias que esqueci e escreva.
é comum a feitura de alguns testes com pedaços de papel por economia já que a prata em gelatina sobre papel deixou de ser coisa fácil de se conseguir.
ao invés de jogar estes testes foras, eu os guardo por alguma razão desconhecida aproveito-os então como marcadores de página.
e eles permanecem nos livros, mesmo quando termino a leitura, como se estabelecessem morada.
minha memória fragmentada e imperfeita nos livros que li.
às vezes, retomo algumas páginas para pesquisa e me surpreendo com o agora marca página. e fico pensando no todo do qual já fez parte e no todo do qual agora faz.
e agora, quando vou ao laboratório, recolho-me também às lembranças que ainda não me vieram mas que serão reveladas talvez em pedaços.
e talvez em pedaços, como grãos de prata, eu encontre os dias que esqueci e escreva.
terça-feira, maio 5
conversa #02
minha irmã me faz pensar o que estou fazendo aqui.
já perdi tudo que poderia me fazer ficar.
os sonhos? os sonhos já se mudaram há muito tempo.
sou eu que fico achando que a casa cabe gente
mesmo gente já com outras casas para habitar.
-- mas o que vou encontrar lá? pergunto para ela.
-- motivos para não voltar e motivos para voltar.
já perdi tudo que poderia me fazer ficar.
os sonhos? os sonhos já se mudaram há muito tempo.
sou eu que fico achando que a casa cabe gente
mesmo gente já com outras casas para habitar.
-- mas o que vou encontrar lá? pergunto para ela.
-- motivos para não voltar e motivos para voltar.
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