em noites calmas, recolho-me ao laboratório para ampliar fotografias que esqueço durante o dia.
é comum a feitura de alguns testes com pedaços de papel por economia já que a prata em gelatina sobre papel deixou de ser coisa fácil de se conseguir.
ao invés de jogar estes testes foras, eu os guardo por alguma razão desconhecida aproveito-os então como marcadores de página.
e eles permanecem nos livros, mesmo quando termino a leitura, como se estabelecessem morada.
minha memória fragmentada e imperfeita nos livros que li.
às vezes, retomo algumas páginas para pesquisa e me surpreendo com o agora marca página. e fico pensando no todo do qual já fez parte e no todo do qual agora faz.
e agora, quando vou ao laboratório, recolho-me também às lembranças que ainda não me vieram mas que serão reveladas talvez em pedaços.
e talvez em pedaços, como grãos de prata, eu encontre os dias que esqueci e escreva.
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