no céu havia um rio sinuoso.
na terra as nuvens clareavam o caminho.
no banco, um jornal de um dia qualquer
esperava a notícia se tornar memória.
o menino que pegou para fazer barcos
tornava-o imaginação.
navegavam os navios no céu.
projetadas as sombras, as nuvens escureciam.
enquanto o mar se fazia em chuvas,
os barcos eram levados pelas ondas
que o menino fez com o estampido
de sua alegria feroz.
com a cabeça cheirando o céu,
espero o rio me levar.
mas o menino me pregou uma peça:
nestas águas, o tempo não é soberano
e o que passa é apenas notícia.
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