hoje,
a cada respiração,
lembro-me de cada fôlego
que me faltou para dizer
e fazer a coisa certa.
lembro-me de cada véspera
que não se revelou véspera.
os dias mesmo,
não me recordo
porque se impregnaram
em todos os porvir.
mas as vésperas, sim, lembro:
casca marcada em árvore incendiada.
hoje, penso em todos os sorrisos
que eram para mim e deixei que fugisse
porque o mundo é o lugar que pertencem os sorrisos.
e não percebi que eu era também um mundo
e que sorrisos alheios podiam me habitar.
hoje,
a velha casa vazia é véspera:
a lembrança respira descontinuada
os sorrisos que deixaram de ser sorridos.
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