quinta-feira, agosto 14

ela

fiquei alguns minutos observando seus olhos. como se moviam segundo estompidos de pressão de ar. perdiam-se, voltavam. uma piscada e vascilavam. eu estava tentando compreender uma dor das coisas que não deram certo para ela. arqueou as sobrancelhas, voltou a caminhar até se perder no horizonte.

lembro-me desta imagem observando um horizonte diferente em um outro momento na natureza dos horizontes. penso nela, mas só a silhueta arqueada. na minha cabeça, não sei se ela vai se desfazendo em horizonte ou se o horizonte era ela.

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