sábado, janeiro 5

amores possíveis

eu a olhava e nunca vi além. todo esse tempo, o tempo contado dos relógios digitais, todos esses anos, os anos passados das folhinhas de feliz ano novo, todos esses países e ruas e cidades e eu nunca a vi além.

é como aquele lado do colchão que sempre esteve ali e onde as molas sempre foram receptivas. ou o livro ganho, mas nunca lido a espera.

que possibilidades há no amor além do que amamos? haveria o amor somente no perecível do nosso ser ou é também amor o que nos chega amorosos e dispensamos por falta de compreensão amorosa?

pego-me numa encruzilhada: o amor em mim aos poucos indo e outros tantos, indentificáveis e possíveis, chegando em ondas, senso, acuridade e confluência.

Nenhum comentário: